Três meses se passaram desde que o prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) iniciou o mandato à frente da gestão natalense e o apoio dos vereadores da Câmara Municipal de Natal (CMN), antes ínfimo, já dá contornos de novos ares. Quando assumiu o Executivo, em janeiro, 20 dos 29 parlamentares eram declaradamente oposicionistas; apenas oito assentavam a bancada governista; e um se dizia independente. Agora, passado o acirramento da eleição e aplacadas as rivalidades políticas, o cenário essencialmente se alterou. E acabou favorecendo o pedetista. Isso foi possível graças ao aumento no número de parlamentares que se intitulam independentes. Essa bancada passou de um para 13 componentes. Partidos com um número expressivo de representantes, como o PP e o PMDB, deixaram de ser oponentes para se posicionarem livremente e em favor da cidade, como costumam dizer.
Cada um tem seu senso crítico pessoal. Eu não sou adepto dessa política arcaica de denominar bancada de governo de oposição. O PP é independente e jamais será intransigente e deixará de apoiar os benefícios para a cidade, disse o líder pepista na CMN, Rafael Motta. Apesar de não contar, pelo menos oficialmente, com a maioria dos vereadores, Carlos Eduardo já soma duas vitórias importantes na casa. Uma delas, quando conseguiu manter vetos que impôs a emendas parlamentares aprovadas na Lei Orgânica Anual (LOA) de 2013, aprovadas ano passado pelos próprios edis. A outra, quando oposicionistas tentaram convocá-lo para prestar esclarecimentos sobre a renovação de contratos de aluguel da Prefeitura.
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