domingo, 7 de abril de 2013

Articulações esvaziam bancada de oposição


Três meses se passaram desde que o prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) iniciou o mandato à frente da gestão natalense e o apoio dos vereadores da Câmara Municipal de Natal (CMN), antes ínfimo, já dá contornos de novos ares. Quando assumiu o Executivo, em janeiro, 20 dos 29 parlamentares eram declaradamente oposicionistas; apenas oito assentavam a bancada governista; e um se dizia independente. Agora, passado o acirramento da eleição e aplacadas as rivalidades políticas, o cenário essencialmente se alterou. E  acabou favorecendo o pedetista. Isso foi possível graças ao aumento no número de parlamentares que se intitulam “independentes”. Essa bancada passou de um para 13 componentes. Partidos com um número expressivo de representantes, como o PP e o PMDB, deixaram de ser oponentes para se posicionarem “livremente” e em “favor da cidade”, como costumam dizer.

Cada um tem seu senso crítico pessoal. Eu não sou adepto dessa política arcaica de denominar bancada de governo de oposição. O PP é independente e jamais será intransigente e deixará de apoiar os benefícios para a cidade”, disse o líder pepista na CMN, Rafael Motta. Apesar de não contar, pelo menos oficialmente, com a maioria dos vereadores, Carlos Eduardo já soma duas vitórias importantes na casa. Uma delas, quando conseguiu manter vetos que impôs a emendas parlamentares aprovadas na Lei Orgânica Anual (LOA) de 2013, aprovadas ano passado pelos próprios edis. A outra, quando oposicionistas tentaram convocá-lo para prestar esclarecimentos sobre a renovação de contratos de aluguel da Prefeitura.


“Nosso objetivo é votar com o prefeito quando acharmos necessário”, frisou Felipe Alves, do PMDB. Segundo ele, os peemedebistas permanecem separados politicamente dos pedetistas, mas terão durante todo o mandato uma postura “equilibrada”. Até partidos eminentemente de oposição ao PDT, como o DEM da governadora Rosalba Ciarlini e do senador José Agripino Maia, tem parlamentares “com um pé” na base de sustentação do prefeito. É o caso de Dagô. Ao confessar o apoio a alguns pleitos de Carlos Eduardo ele frisou que não houve até agora qualquer orientação dos democratas e dos principais líderes da legenda no sentido de permanecer na bancada de oposição, como revelou o resultado das urnas.

Eu vou inclusive parabenizar algumas iniciativas do prefeito. Estamos apresentando requerimentos nossos e ele tem atendido”, disse Dagô. Na oposição permaneceram apenas o PSDB, PV, PSOL, PSTU e o vereador Fernando Lucena, do PT (Hugo Manso já era independente e permanece).

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